
O trabalho
São grupos de sete imagens captadas ampliadas em grande escala, no formato lambe‐lambe. Pela precariedade técnica do processo as imagens tendem a desaparecer rapidamente, permitindo uma visão da fotografia como ativadora da amnésia e não da memória. Habitualmente a gente tem se servido de paredes públicas para essa manifestação, interferindo na paisagem urbana com nossas frases visuais, provocando leituras e interpretações, sofrendo a interferência das pessoas, da intempérie e do tempo até a desaparecimento total, numa metáfora invertida da própria Polaroid.
A frase visual que apresentamos nesse concurso foi editada a partir da nossa paixão pela literatura de mistério, grande invenção britânica. Buscamos nos arquivos imagens que compusessem uma pequena situação dramática e na escolha de cada imagem interpretamos outros aspectos da cultura britânica determinantes na evolução e aproximação das outras culturas: a técnica dramática e o cinema, a moda, com os padrões xadrezes e o culto ao chapéu, o papel fundamental na invenção de modelos jornalísticos bem sucedidos, a idolatria e o rock, a penetração da língua inglesa nas culturas mais longínquas e ingênuas, a influência da Pop art e da linguagem publicitária.
No comments:
Post a Comment